Ex-diretor da Abin depõe na CPMI dos Atos Golpistas
Saulo Moura da Cunha era diretor da agência no dia 8 de janeiro, quando ocorreu a depredação de prédios públicos na Praça dos Três Poderes
A CPMI do 8 de Janeiro retoma os trabalhos, após recesso, na terça-feira (1º), com reunião marcada para as 9h. Na pauta, o depoimento de Saulo Moura da Cunha, ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Cunha ocupava o cargo de diretor da agência no dia 8 de janeiro, quando ocorreu a depredação de prédios públicos na Praça dos Três Poderes. Ele deixou o cargo no início de março.
Foram apresentados cinco requerimentos para a convocação de Saulo da Cunha. Um deles é o do senador Izalci Lucas (PSDB-DF). Conforme o requerimento (REQ 944/2023), o depoimento de Cunha é importante, pois a Abin “produziu diversos alertas sobre riscos de um ataque a prédios públicos de Brasília, inclusive na véspera das invasões e depredação de patrimônio público no domingo”.
O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), autor de outro dos requerimentos (REQ 974/2023), argumenta que a presença de Cunha na CPMI colabora com a “transparência nas apurações”. Os deputados Delegado Ramagem (PL-RJ) e Pr. Marco Feliciano (PL-SP), além do senador Magno Malta (PL-ES), são os autores dos outros requerimentos.
Composta por 16 senadores e 16 deputados, a CPMI foi criada para investigar os atos de ação e omissão ocorridos em 8 de janeiro de 2023, nas sedes dos Três Poderes da República, em Brasília. A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) é a relatora da comissão, que tem o deputado Arthur Maia (União-BA) como presidente.
*Da Agência Senado