Lula aparece em propaganda de Meirelles

O PT registrou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a candidatura de Lula à Presidência, que deve ser barrada com base na Lei da Ficha Limpa

sex, 24/08/2018 - 07:36
Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Lava Jato, aparece duas vezes no vídeo piloto da campanha presidencial do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB). O PT registrou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a candidatura de Lula à Presidência, que deve ser barrada com base na Lei da Ficha Limpa.

Segundo a campanha de Meirelles, houve um vazamento do material, que deve ser exibido na estreia do emedebista no horário eleitoral na TV, no dia 1.º de setembro. A primeira aparição de Lula ocorre em um trecho de um discurso do ex-presidente no qual ele diz: "Tenho muito respeito pelo Meirelles e devo a esse companheiro".

Em outro momento, o petista aparece exaltando a passagem de Meirelles pela presidência do Banco Central em seu governo. "Eu precisava de alguém competente no BC", diz Lula.

Em ritmo de forró, o slogan adotado pela campanha foi "Chama o Meirelles". A imagem da presidente cassada Dilma Rousseff também é usada no programa, mas de forma negativa. "Eu sei quando e por que os governos anteriores erraram", afirma Meirelles, após a exibição de imagens de Dilma.

O nome do presidente Michel Temer (MDB), de quem Meirelles foi ministro, é citado apenas uma vez e de forma neutra. "O mundo não se divide entre os que gostam do Lula e os não gostam. Nem entre os que gostam do Temer e os que não gostam", afirma o candidato.

Em uma tentativa de suavizar a imagem do presidenciável do MDB, a propaganda adota um tom descontraído e bem-humorado. Em certo momento, Meirelles diz que sua mulher costuma chamá-lo de "Disk Crise".

Procurada pela reportagem, a campanha do emedebista disse que este foi um programa teste e que ainda não está definido o comercial que será usado integralmente na TV. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

COMENTÁRIOS dos leitores