Argentina: pesquisa tem Massa à frente de Milei e Bullrich
Com o resultado, as eleições argentinas iriam para o segundo turno
Uma pesquisa eleitoral do instituto Atlas Intel, divulgada ontem, 29, mostra o ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, à frente do candidato libertário Javier Milei na corrida presidencial, marcada para 22 de outubro. Com o resultado, as eleições argentinas iriam para o segundo turno.
Segundo o levantamento, feito com 3.778 entrevistados pela internet entre 20 e 25 de setembro, o candidato do governo tem 30,7% das intenções de voto. Milei, que saiu vitorioso das primárias em agosto, aparece com 27,9%, seguido por Patricia Bullrich, que representa a coalizão de centro-direita Juntos por el Cambio, com 27,7%. Como a margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, eles estão tecnicamente empatados. O nível de confiança da pesquisa é de 95%.
A pesquisa foi divulgada pelo jornal argentino Perfil. O candidato Juan Schiaretti obteve 4,8%, e Myriam Bregman, 2,1%. O número de indecisos é de 3,8%. Eleitores que votariam em branco somam 1,8%, e 1,4% diz que votaria nulo.
Em um eventual segundo turno entre Massa e Milei, o candidato libertário aparece com 43,5%, contra 37,5% do ministro da Economia. Indecisos, brancos e nulos são 19%. Massa também perderia para Bullrich, por 44,9% a 34,9%, enquanto brancos, nulos e indecisos somam 20,2%. Bullrich também venceria caso fosse ao segundo turno com Milei, por 36,8% a 31,5%. Neste cenário, brancos, nulos e indecisos chegam a 31,7%.
Segundo levantamento, Bullrich, com 35%, e Milei, com 34%, superam Massa (30%) em imagem positiva. O atual presidente do país, Alberto Fernandéz aparece com apenas 14%.
A Argentina atravessa uma grave crise econômica, com a disparada da inflação. O cenário jogou 40,1% dos argentinos na pobreza, segundo dados divulgados nesta quarta-feira, 27, pela agência governamental de estatísticas, Indec. Desses, cerca de 9,3% passam fome. Ao todo, cerca de 11,8 milhões de pessoas vivem abaixo da linha da pobreza e mais de 2 milhões não conseguem ter o mínimo da cesta básica para sobreviver, em uma população de cerca de 29 milhões.