1° caso de raiva humana desde 1978 é registrado no DF

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal antecipou a campanha de vacinação antirrábica para esta quarta-feira (6)

por Alice Albuquerque ter, 05/07/2022 - 16:32
Secretaria de Saúde do Distrito Federal Gato tomando vacina contra raiva Secretaria de Saúde do Distrito Federal

Depois de 44 anos, o primeiro caso de raiva humana é confirmado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), nesta terça-feira (5). O infectado foi um adolescente entre 15 e 19 anos, de acordo com a pasta, ele é a primeira vítima de raiva humana no Distrito Federal desde 1978. 

O início da campanha de vacinação antirrábica foi antecipado na cidade para iniciar nesta quarta-feira (6), às 9h, por conta do caso. 

O jovem, natural do DF, está internado em estado grave na UTI de um hospital da cidade desde o último dia 20. A infecção ocorreu no dia 21 de maio, depois de ter sido arranhado por um gato. O adolescente passou a ter febre, dor no corpo, olhos e articulações a partir de 15 de junho.

A Secretaria possui um laboratório de diagnóstico de raiva que é referência no Distrito Federal, nas cidades do entorno e nos estados de Rondônia e Tocantins. A unidade funciona junto às instalações da Gerência de Vigilância Ambiental de Zoonoses. 

De acordo com o médico veterinário e suplente da Gerência de Vigilância Ambiental de Zoonoses, em registro no ano passado, "o vírus rábico circula no DF em quirópteros [morcegos], nos bovinos, equídeos e outros animais". "No Distrito Federal, o único caso da raiva humana foi registrado em 1978, como resultado bem-sucedido do Programa Nacional de Profilaxia da Raiva Humana. O último caso diagnosticado de raiva em cães foi em 2000 e, em gatos, em 2001", disse. 

A doença da raiva é caracterizada por sintomas neurológicos e, ainda segundo a pasta, "é uma doença quase sempre fatal (praticamente 100% dos casos evoluem para óbito), para a qual a melhor medida de prevenção é a vacinação pré ou pós-exposição".

Sintomas

A doença pode não apresentar sintomas durante um intervalo de 45 dias, no entanto, o tempo de incubação pode mudar de acordo com os diferentes fatores, um deles é a parte do corpo e a profundidade da mordida. Se a vítima for criança, a doença se desenvolve mais rapidamente.

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