Cruz Vermelha avalia ocorrências do Círio 2019

Em três dias de atuação nas ruas de Belém, voluntários e socorristas atenderam casos de fratura, desmaios e choques elétricos

seg, 14/10/2019 - 17:10

A Cruz Vermelha montou uma estrutura organizada para atender às pessoas durante as 12 romarias nos três dias de programação do Círio 2019. Somente na Trasladação e na grande procissão de domingo, havia 37 postos da Cruz Vermelha e dois corredores de emergência espalhados pelos quase 3,5 quilômetros de percurso.

De acordo com o balanço da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup), 1.257 pessoas atuaram nas procissões, entre efetivos e voluntários da Cruz Vermelha Brasileira–Pará. Os atendimentos mais recorrentes eram de pessoas que relatavam falta de ar, desmaios e fraturas.

“A gente sempre espera pelos atendimentos de pacientes que têm hipoglicemia, os pacientes que sentem falta de ar, as coisas mais básicas. Mas a gente conseguiu até atender pessoas que sofreram deslocamento do osso do quadril, pessoas que sofreram descarga elétrica, pacientes que entraram com muita dor e tiveram que sere imediatamente medicados e referenciados”, destacou a enfermeira Bruna Oliveira. 

Segundo a Secretaria de Saúde Pública (Sespa), entre as ocorrências houve casos graves: luxação de joelho, luxação de ombro, a queda de um idoso durante a procissão, fratura de tornozelo e até uma suspeita de infarto. “Nesses casos, a gente só pode estabilizar o paciente e remover. O único suporte que a gente tem é a atenção pré-hospitalar”, disse Bruna.

Todos os anos, a Cruz Vermelha abre inscrições para quem quer atuar no Círio. É o chamado Projeto Círio, que visa treinar o voluntário para o socorro de pessoas durante as procissões.

Ana Luíza Rocha participou pela primeira vez como voluntária na Cruz Vermelha. Ela estava responsável pela contabilização e anotações de informações de pacientes que eram socorridos e levados até o posto da Cruz Vermelha na sede social do Paysandu. “Esse é o meu primeiro Círio, e eu estou participando, porque sempre foi meu sonho. E eu fiz uma promessa: se eu passasse no vestibular, eu me tornaria voluntária. Como eu passei, esse ano eu vim aqui cumprir minha promessa. Minha experiência é gratificante. Depois desse Círio, eu tenho o objetivo de me tornar efetiva”, destacou.

Com reportagem de Cristian Corrêa.

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