35 anos sem Enzo Ferrari: confira impacto da marca na F1
Considerado um dos mitos pelos seus carros vermelhos como símbolos de velocidade e potência, o piloto fundou uma marca de conversão de corrida em veículos de rua
Hoje (14) completa 35 anos que o piloto italiano e fundador da Ferrari e da fábrica de automóveis, Enzo Ferrari (1898-1988), morreu de insuficiência renal com 90 anos. Considerado um dos mitos da Fórmula 1 pelos seus carros vermelhos como símbolos de velocidade e potência, Enzo surgiu a Ferrari Spa, uma marca de conversão dos carros de corrida em veículos de rua. Confira a seguir, o processo da marca e o impacto que tem na Fórmula 1.
Em 1930, com a ajuda de um empréstimo bancário, ele se torna proprietário da área de um estábulo, e no ano seguinte, deixa de pilotar e se dedica somente à marca Scuderia como gestor e preparador. Já em 1943, suas atividades cresceram tanto que ele se mudou para Maranello, onde a marca está até hoje. Quatro anos depois, funda a Ferrari Spa e sua logomarca aparece pela primeira vez em seu modelo 1255. Entre os anos 1940 e 1950, vencer nas pistas de corrida significava mais do que o dinheiro, representava a oportunidade de vender carros de passeio com alto valor e com isso, a estratégia de vendas nas vitórias nas pistas de corrida de Ferrari ocorreu de forma gradativa.
Ao convidar os clientes, que eram pessoas ricas, a se sentirem como pilotos também, Enzo vendeu seus primeiros carros apoiados em vitórias como em Le Mans e na Fórmula 1. Em termos de comparação, ele pode ter sido a primeira Tesla a projetar algo além de seus produtos, uma imagem de inovação que na época era performance e estilo. Ferrari deixou um legado dentro e fora das pistas, tornando dois estilos indivisíveis com apenas o logo amarelo com o cavalo negro empinado. Seu primeiro carro foi a Ferrari 125 Sport de 1947, seguida da Ferrari 250, em um Gran Turismo, cuja série seria emblemática em alguns aspectos.
A polêmica gerou quando recusou a venda da marca de carros de passeio para a Ford, nos anos de 1950 e 1960, que buscava ter as competições como boa imagem de seus carros, mas isso não se realizou. Ferrari protagonizou na pista de Le Mans, um dos maiores duelos, quando a SF enfrentou os GT40 americanos e também queria independência, mas a Ford não daria, então xingou os dirigentes da montadora americana. Enzo confiava que seus carros eram os melhores do mundo e não aceitava a opinião de pessoas diferentes, gerando assim, um conflito que rendeu a criação de um de seus maiores rivais, a Lamborghini.
Ferrari na Fórmula 1 em 2023
A marca acredita que o aumento da confiança de Charles Leclerc e Carlos Sainz com o carro é fundamental para ajudar a diminuir a diferença do limite de custo na abordagem de desenvolvimento das equipes em relação à Red Bull na temporada 2023 da F1. O chefe da equipe, Fred Vasseur, disse ao site da Motosport.com que o mais importante para dar o passo final na luta pelas vitórias na temporada é entregar um carro que dê mais confiança aos pilotos, uma vez que ele acredita que os dois não estão conseguindo extrair todo o potencial do carro.