Janeiro de Grandes Espetáculos: programação e ingressos
Com mais de 90 atrações, festival acontece no Recife e em mais seis cidades
Há 26 anos, o mês de janeiro é sinônimo de arte, cultura e grandes espetáculos em Pernambuco. Em 2020, o maior festival de artes cênicas e música do Estado ocupa os principais teatros do Recife, de 8 de janeiro a 3 de fevereiro, com mais de 90 atrações de teatro, dança e música. A programação do Janeiro de Grandes Espetáculos, realizado pela Apacepe (Associação dos Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco), está disponível no site. Os ingressos podem ser adquiridos antecipadamente através do Sympla e quiosques da Ticket Folia nos shoppings Recife, RioMar e Tacaruna – alguns eventos têm entrada franca ou bilhetes trocados por 1 kg de alimento.
A efervescente produção artística pernambucana responde pela maioria da programação. Ultrapassando as divisas do Estado, companhias/artistas da Bahia, Paraíba, São Paulo e Rio Grande do Sul foram escalados. Da China, Eslováquia e de Portugal, virão quatro espetáculos. Oito teatros da capital vão virar palco para o JGE: Santa Isabel, Apolo, Arraial, Barreto Júnior, Boa Vista, Hermilo Borba Filho, Luiz Mendonça, Marco Camarotti. Algumas montagens serão apresentadas nos espaços alternativos Casa Maravilhas, Manhattan Café Teatro, Sesc Casa Amarela e Espaço Fiandeiros, que também recebem oficina, exibição de documentário e palestra. Além da capital, seis cidades integram o Janeiro. Em parceria com o Sesc, os municípios de Caruaru (Teatro Rui Limeira Rosal), Garanhuns (Teatro Reinaldo de Oliveira), Goiana (Igreja Matriz de Nossa Sra. do Rosário) e Jaboatão dos Guararapes (Teatro Samuel Campelo). Camaragibe (Casarão de Maria Amazonas) e Serra Talhada (Espaço Cabras de Lampião) também abrem as cortinas para o festival.
Cinco serão os homenageados da 26ª edição. Na categoria Teatro, o ator e diretor Zé Manoel. No quesito Técnica, que retorna, será reverenciado Joca, há mais de 40 anos trabalhando no Teatro de Santa Isabel. O maestro Edson Rodrigues, Mestre-Vivo do Frevo, é o homenageado na categoria Música; a bailarina e coreógrafa Cecília Brennand, em Dança; e a Família Marinho, em Poesia.
NOVIDADES – Pela primeira vez, abriu-se um edital para formar uma comissão de avaliação dos espetáculos de teatro e dança de Pernambuco. A curadoria deixou de ser feita exclusivamente pela Apacepe e foi compartilhada com o grupo formado pela produtora Danielle Valentim, atriz e arte-educadora Milena Marques, estudante de Licenciatura em Teatro Natália Gomes e pelos jornalistas Renato Contente e Talles Colatino. Também pela primeira vez, um conselho consultivo foi criado. André Filho (ator e diretor), Fátima Aguiar (atriz e produtora), Paulo de Pontes (ator) e Toni Rodrigues (produtor e diretor) juntaram-se ao presidente da Associação, Paulo de Castro, para debater temas estratégicos do JGE ao longo dos últimos meses.
Tem mais novidades: em 2020, o festival volta a premiar os melhores espetáculos pernambucanos que estiveram em cena. Após um hiato de dois anos, a premiação ganha nome e sobrenome: Prêmio Copergás de Teatro, Dança e Música de Pernambuco.
OS ESPETÁCULOS – O Janeiro dá oportunidade ao público de assistir a estreias e montagens de sucesso. Na abertura do festival, no Teatro de Santa Isabel, Geraldo Maia homenageia Capiba no show “Noites Sem Fim”. Entre as obras que serão encenadas pela primeira vez, estão “Berço Esplêndido – Uma Comédia Necropolítica” (Pedro Portugal) e “Deusas da Noite” (Real Cia de Teatro). “Duelo” ganha remontagem, 25 anos após sua estreia, com o elenco original: Pedro Henrique, Júlio Rocha, Mario Miranda, Carlos Lira, Ana Medeiros e Paulo de Castro. “As Bruxas de Salém” (Célula de Teatro), que estreou em 2019 e fez excelente temporada, e “Auto da Compadecida” (Cênicas Cia de Repertório) são destaques ao lado do projeto Trilogia Vermelha, do Coletivo Grão Comum, com três produções sobre Dom Helder Câmara, Glauber Rocha e Paulo Freire. De Portugal, desembarcam “A Estrada”, monólogo com a atriz Elsa Pinho, e “Beatriz e o Peixe-Palhaço”, uma reflexão acerca de relações sociais. Para a criançada, clássicos como “Os Três Porquinhos” e “Chapeuzinho Vermelho” e produções locais – entre elas “Haru – A Primavera do Aprendiz”, com Rapha Santacruz, “Canções, Cancionetas e Caçarolas”, da Cia 2 Em Cena, “A Batalha da Vírgula contra o Ponto Final”, da Cia Omoiós de Teatro, “O Segredo da Arca de Trancoso”, do Cênicas Cia de Repertório.
Música vem ganhando cada vez mais espaço, com importantes estreias, como o show dos pernambucanos Almério e Martins, e homenagens, a exemplo do lançamento do CD “Natureza Sonhadora”, tributo ao forrozeiro Accioly Neto. De fora do Estado, estarão cá a baiana Belô Velloso, o trio As Bahias e a Cozinha Mineira (SP) após apresentação no Rock In Rio, e Edu Falaschi, que virá com show acústico, revivendo a época em que integrou a banda de metal Angra. Tem ainda “Festa Eslovaco-Pernambucana”, um show de cordas com músicos da Eslováquia e do nosso Estado. Montagens de dança compõem a grade, entre elas o incrível “Ano Novo Chinês – Festa da Primavera”, cuja entrada é 1 kg de alimento. Direto da China, mistura acrobacia, artes marciais e dança. E mais: “Às Vezes eu Kahlo”, do Rio Grande do Sul, e Planta do Pé, de São Paulo.
O Janeiro de Grandes Espetáculos tem patrocínio da Prefeitura do Recife, Copergás e Sesc, com incentivo do Funcultura, Fundarpe, Secretaria de Cultura/Governo de Pernambuco. Apoios da Cepe, TV Globo, TV e Rádio Universitária e Pontes Culturais. Parcerias da Casa Maravilhas e Cabras de Lampião, com produção da Paulo de Castro Produções, e produção executiva da Fervo Projetos Culturais, Cordas Cênicas e Roda Cultural.
Da assessoria